quarta-feira, 20 de abril de 2011

Crescem as vagas para a área técnica, índice de empregabilidade para quem cursa Etec é de 73%

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Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010




O mercado de trabalho também oferece boas ofertas de emprego na área técnica. Pelo menos é o que mostra uma pesquisa realizada, em dezembro, pela Assessoria de Avaliação Institucional do Centro Paula Souza, órgão do governo paulista, que administra 173 Escolas Técnicas (Etecs) no Estado. O estudo aponta que a remuneração média na área técnica subiu de 1,2 salário mínimo para 2,2 mínimos, alta de 22%, índice cinco vezes maior que inflação de 4% apurada para o período de agosto de 2008 a setembro de 2009.
Outra boa notícia para quem opta pelos cursos técnicos é o alto índice de empregabilidade para os formados pelas Etecs, de 73,7%. Na média, três em cada quatro formandos está empregado. Melhor ainda é a porcentagem do vínculo formal do trabalho, apurado em 87,7%.
Nova Odessa oferece formação na área de segurança do trabalho, que tem altíssima procura no mercado e remuneração de R$ 1.836,00, equivalente a 3,6 salários mínimos. Em Campinas, outro curso com boa remuneração é eletrotécnica (R$ 1.785,00).
A Assessoria de Avaliação Institucional/Centro Paula Souza apurou que o maior índice de empregabilidade na Região Metropolitana de Campinas (RMC), onde existem sete Etecs e cursos em outras quatro escolas estaduais, está entre os ex-alunos da Etec Bento Quirino (82,7%), em Campinas, seguida pela Etec de Santa Bárbara d Oeste (82%) e, em terceiro, pela Etec de Itatiba (80%).
No Colégio Politécnico Bento Quirino, instituição de ensino privado que oferece 16 cursos de nível médio profissionalizante, a diretora pedagógica Nilce Modesto de Castilho afirma que a oferta de vagas na área técnica é geral, porém com aumento de remuneração relatado por ex-alunos de cursos técnicos nas áreas de gastronomia, informática, nutrição, química, segurança do trabalho, mecatrônica, administração, automação industrial, farmácia, turismo. Diferentemente do passado, hoje o aluno consegue estágio a partir do primeiro módulo do curso , diz Nilce, que atribui o aquecimento da procura à expansão das empresas e à chegada de outras.
No Serviço Nacional de Aprendizado do Comércio (Senac) de Campinas, que oferece 20 opções de cursos técnicos, a gerente Irecê Piazentin Nabuco de Araújo conta que, na unidade, a maior demanda ocorre por cursos técnicos nas área de enfermagem, segurança do trabalho, farmácia, estética, radiologia, óptica, logística e tecnologia da informação.
Um dos pontos determinantes para a procura dessas áreas é a empregabilidade, que tem se mostrado mais intensa nas áreas que possuem um órgão de classe, ou naquelas em que a contratação do profissional está ligada a uma exigência legal. Além do destaque da cidade como polo tecnológico, outros fatores como a realização da Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada de 2016, a vinda do trem bala, os aeroportos e as rodovias que facilitam o acesso à Capital, são apontados por especialistas como responsáveis pelo crescimento nas áreas de segurança, transporte, comunicação, hotelaria e hospitalar.
Em dezembro de 2009, a Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho ofereceu 325 vagas para candidatos com curso médio nos Postos de Atendimento ao Trabalhador (PATs) na região de Campinas.
Carência de estagiários
O aluno de cursos técnicos também encontra boas oportunidades de estágio no mercado para o primeiro emprego. Dados fornecidos pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) dão conta da falta de candidatos récem-formados e até mesmo estagiários para preencher as vagas geradas pelas 6 mil empresas associadas à institutição em todo o Brasil.
Segundo o superintendente no Estado de São Paulo, Luiz Gustavo Coppola, em 2009, das 12 mil vagas geradas na rede, 2 mil foram para candidatos técnicos e tecnólogos. No momento, a unidade de Campinas possui 550 vagas preenchidas, das quais 20% são na área técnica. Até o final do mês, outras 250 oportunidades, de modo geral, surgirão na Região Metropolitana de Campinas (RMC).
A escassez de candidatos nas áreas técnica e industrial eleva o tempo de preenchimento de uma vaga, que passa de sete para 30 dias. A alta demanda de vagas para estagiários do nível técnico foi a maneira encontrada pelas empresas para suprir a falta de profissionais qualificados no nível técnico. O estudante não acredita no potencial de empregabilidade no curso técnico , constata o superintendente do CIEE.
Segundo ele, para estágio na área técnica, o aluno recebe uma bolsa-auxílio de R$ 500,00, além de benefícios. Contratado em janeiro para estagiar na rede DPaschoal, Adilson Valentim Fabbri Júnior, de 17 anos, é aluno de um curso técnico em Sumaré. Fiz um cadastro no segundo semestre do ano passado e após três entrevistas, consegui o estágio , conta o estudante, que ingressou pela primeira vez no mercado de trabalho. Sua meta, a curto prazo, é conseguir a efetivação ao final do curso, o que deve ocorrer dentro de dois anos.
O sócio da Search Consultoria em Recursos Humanos, Marcelo Braga, afirma que, nos últimos anos, os segmentos automotivo, construção civil, óleo e gás, mineração e o mercado financeiro se deram conta de que muitas funções, antes executadas por engenheiros, poderiam ser substituídas por profissionais de nível técnico. E, segundo ele, a falta de profissionais com formação adequada rapidamente gerou escassez no mercado de trabalho e grande procura pelos profissionais técnicos.

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